segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Estudar hoje

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

World Wide Branding

E enquanto bradava aos céus por uma Coca-Cola que lhe calasse a dor da alma, ouve ao fundo uma voz seca, cortante, inequívoca embora deixasse entrever um leve travo a renúncia, "Pepsi, pode ser?"

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

You say that everything sounds the same, Then you go buy them!*

Obrigado Martinha


Clique aqui, aqui, aqui, também pode ser aqui, ou aqui, ou ali ---> aqui mesmo, ou além...

...sim, aqui para um pouco de contextualização.

Podia aproveitar a ocasião para falar um pouco deste tal de Rob Paravonian e do seu stand-up comedy musical, deixar a morada do seu site, podia falar sobre a presença dos clássicos nas produções musicais contemporâneas, podia alargar-me sobre a experiência de tocar violoncelo em criança e carregar um instrumento maior do que eu. Só não me apetece.

* extraído do refrão da música "Let's Push Things Forward" dos The Streets.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Aviso ao leitor

Se está a ler este post é sinal que o seu Google Reader (ou ferramenta de feeds análoga) está a funcionar correctamente.

Obrigado pela colaboração,

o Ego.

domingo, 11 de novembro de 2007

Un Rey con Huevos


Antes disto tinha havido uma Cimeira...but who cares!?...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Procuro uma relação

Na sexta-feira fui a uma festa.

A última música que tocou nessa festa foi a do Vitinho, aquela do "está na hora da caminha, vamos lá dormir".

Quando a música acabou, dois gajos começaram à porrada.


...procuro uma relação entre estes dois acontecimentos. Tem de haver uma.


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O engate perfeito*

Parece que este funciona.

Diz ele - Sabes porque tens os lábios finos?

[admitindo que ela responde um "não, porquê?"]

Ele - Porque o resto foi-te para o corpo, ó grossa.

* Perfeição nunca pode ser adjectivo de "engate". Ou bem que funciona, ou bem que não...perfeição não se procura no acto de engatar, antes no sujeito engatado. E mesmo esta assunção deve ser posta em causa. Afinal, o objectivo único do engate é ser-se bem sucedido. Plenamente, não perfeitamente.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Inquérito aos católicos sportinguistas:

A quem vai rezar hoje para que o Sporting CP vença o CD Fátima?

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A máquina de fazer aprovar nos testes

Algo que sempre me intrigou: a obsessão dos miúdos na escola que imaginavam as mais variadas formas de meter a matéria que era preciso saber para os testes dentro da cabeça. Não deve haver ninguém que não tenha imaginado e desejado possuir a capacidade de adquirir conhecimentos sem o mínimo esforço. Bom, talvez com um mínimo de esforço, aquele que todos fazíamos umas horas antes dos testes para imaginar e projectar tais formas de aprendizagem.

Havia de tudo, das formas tecnologicamente mais evoluídas às mais rudimentares. Havia quem preferisse os processos por osmose, quem delirasse com ondas radioactivas, quem achasse que se ligássemos eléctrodos a determinadas zonas da cabeça tornar-nos-íamos super inteligentes, ou aqueles que apenas gostariam de ser como o computador lá de casa, com uma drive e um disco rígido para gravar a matéria em pastas arrumadas e acessíveis mediante um "c:\>dir". Havia também quem gostasse mais dos métodos dolorosos e macabros, nunca fazendo caso da dor como é óbvio, abrindo cabeças e incrustando lá dentro, mesmo no cérebro, todo o conhecimento necessário para ter boa nota no teste. Nessa altura não havia lugar para as espiritualidades, isso é coisa lá mais para a adolescência, quando a libido espoleta. Talvez um ou outro fizesse uma chamada de energia, mas éramos unânimes em reconhecer a eficácia dos métodos tecnológicos, quer fossem dolorosos e mais a puxar à idade média, quer tivessem influências da tecnologia dos anos 80, ou do que eram os desenhos animados nessa década.

Recentemente questionei-me sobre como seriam os métodos imaginados pelos putos de outrora, os nascidos nos 60s, nos 40s...antes de se conhecerem as micro-ondas ou a radioactividade, o PC e os circuitos eléctricos, por exemplo. Terá havido uma época em que abrir cabeças era o único exercício imaginativo disponível?

Desde logo percebi que a imaginação dos chavalos era condicionada pela tecnologia conhecida em cada época e acessível à interpretação de um puto. Então, indaguei-me, como seria a imaginação das criancinhas antes da revolução industrial? E da invenção da fiadeira mecânica, do motor a vapor, ou da imprensa que possibilitava imaginarmos um monte de papéis com toda a informação escrita dentro das nossas cabeças?

Depois de tanto recuar no tempo, percebi que nessa época as crianças não iam à escola...


sábado, 27 de outubro de 2007

O lado sensível do poder

A vinda de Vladimir Putin aqui ao rectângulo provocou o alarido normal destes acontecimentos. Pouco se falou de outras coisas nos jornais estes dias, com tanta minúcia. A preocupação com a segurança de "um dos homens mais poderosos do planeta", como a imprensa persistentemente o pinta, moveu milhares, de pessoas e bens, e teve amplo destaque mediático.

O que ninguém esperava era que este peso pesado, este homem feito austero, dos mais poderosos do mundo, que come caviar ao pequeno-almoço, cinturão negro em judo e ex-KGB pedisse aos anfitriões para ir ver o Oceanário de Lisboa.

Mas quem é que não se lembrou disto? O Eusébio e a Amália ficaram de fora do protocolo?! Valeu a sensibilidade deste homem rijo, que ao que se soube gostou muito das versões lontra destes símbolos nacionais e ainda da garoupa.

E quem não se derrete a ver o Eusébio e a Amália...se os houver que vão p'rá Putin que os adestrou.

O lado sensível dos homens duros e poderosos é sempre motivo de chacota entre os homens normais. Entre as mulheres, normalmente dá azo a contorções e alguns "ooooh" que só os animais de estimação lhes costumam provocar.

A história enche-se de exemplos destes, daí o meu espanto por não se ter incluído inicialmente no programa a visita ao Oceanário. Fez-me lembrar o general Stilwell no filme 1941 - ano louco em Hollywood, do Spielberg. Um general tem tanto direito a comover-se com o Dumbo como qualquer outra pessoa. Mas a mim, isso faz-me rir...


Digam lá que não são queridos, e fofinhos...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Constatação III

Não me lembro do último dia que passei sem ligar o computador ou ir à internet.

Entretanto também já me esqueci da última vez que pensei que isso era mau sinal.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Passado, presente e futuro

domingo, 21 de outubro de 2007

Salsa segundo Johnny Vazquez

Na sexta-feira viu-se isto em Lisboa...


...durante o VI Congresso Mundial de Salsa em Portugal que decorreu este fim-de-semana na Cidade Universitária. A qualidade do vídeo é péssima, o que é pena dada a velocidade de execução destes cromos. Mas dá para ter uma ideia do que foi este espectáculo, sendo que esta foi a apresentação de que mais gostei. Apesar de começar com alguns segundos de atraso, percebe-se a história: Johnny Vazquez faz de apresentador e árbitro num suposto combate de kickboxing.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Começa hoje

Começa hoje o doclisboa, podem ver o programa aqui, que segundo a organização é o melhor de sempre. Também o número de salas aumentou este ano, juntando o Londres e o São Jorge à Culturgest de sempre.

O meu conselho: não vão, a sério. Têm estado uns dias óptimos de praia. Parem de esgotar as salas e de me obrigar a comprar bilhetes com dias de antecedência. Não me apetece fazer planos para lá das 24 horas, custa-me decidir que filmes ir ver até faltarem poucos minutos para começar. A pechincha que custam os bilhetes ajuda, eu sei, mas vão antes ver os filmes à vídeoteca do festival, na Culturgest, que essa então é mesmo de graça e tem uns LCDs para visionamento individual, estão a ver? Uma sala de cinema de 15'' só para vocês! Para quê acotovelarmo-nos todos naqueles espaços exíguos e escuros, ouvir os outros tossir, espirrar, gargalhar, etc. Não vale a pena, a sério.


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Let's call the whole thing off...

...and let's skate dance!



Os créditos: a música foi escrita por George Gershwin e a letra por Ira Gershwin para o filme Shall We Dance (1937). Coreografia de Hermes Pan e Harry Losee, com Ginger Rogers e Fred Astaire.

Por mais que dê voltas, não sei que título pôr a isto...

Hoje, uma espécie de espelho falou comigo. Não para me segredar qual o alvo da minha inveja. Não porque o tenha questionado sobre isso...ou não estivesse eu a escrever do centro do ego e não do egocentrismo. Este "espelho", assim ouso chamar-lhe, não reflecte o que desejo ouvir, mas apenas um pouco do que sou, Crisma da minha identidade (ou parte dela).
Se me custa vestir a capa do antropólogo é porque não me sinto autorizado a fazê-lo, primeiro porque me faltam uns míseros três meses para ter o canudo e, segundo, mais importante, porque olhando para a academia lá não me encontro senão sentado a ouvir, a reter. Por isso bendita a hora em que a sociedade primitiva me deu uma achega. Vamos, não foi nada que eu não soubesse, mas desta feita dito por outrem, simultaneamente o outro, que não o ego, e o par, antropólogo. É sempre bom reconhecermo-nos nas palavras dos outros quando nos dizem respeito, sentimo-nos compreendidos e isso refaz-nos, embala-nos para um eterno retorno.
Confirmei então o que já não me negava quando confidenciando de mim para mim. Esta "capa" do antropólogo deixou de se distinguir de qualquer outra dentre as que se foram acumulando e imbricando na minha pele. Hoje sou um produto da academia, para o bem e para o mal, um produto. Mas ao contrário de Édipo não me sinto capaz, ainda, de fecundar na própria semente que me germinou. Ao contrário dele, se o vier a fazer, espero que seja em conformidade com os meus pais, não contra eles, e acima de tudo consciente de que o estou a fazer. Até lá, limito-me a aplicar conceitos e práticas, modos de pensar e de agir, em tudo quanto me sinto apto a fazê-lo. Um desses casos é o blogue Bicicleta na Cidade, para o qual a sociedade primitiva teve algo a dizer. Sem mais me deter, aqui fica a razão deste post...

As hiperligações IV - Utilizar a Bicicleta na Cidade


…o nosso heroi!

Porquê um blog sobre a utilização da bicicleta na cidade nas nossas hiperligações? Porque, por um lado, nos obriga a pensar o processo civilizacional e porque, por outro, levanta a questão de uma antropologia com causas.

Vamos por partes. O processo civilizacional é ambíguo.

Por um lado pode ser entendido como processo de emancipação - emancipação face ao poder superior da Natureza (através do controlo de pestes na agricultura, de toda a biologia, da genética…), face ao sofrimento físico e à morte (de toda a medicina…), face à inadequação das regras sociais (do fim da escravatura…). Cada exemplo dado não se integra em absoluto na tripartição e interpenetra-se nas outras categorias (é assim o real - foge a toda a tentativa de classificação), p.ex. há factores éticos (sócio-culturais) que obstam ao progresso ad eternum da genética ou, a medicina também é uma tentativa de controlar a Natureza e por aí fora… De qualquer forma, o processo civilizacional, idealmente, é a intenção da humanidade de se conduzir a si própria no sentido da racionalização de todas as relações tensionais e na aniquilação do sofrimento produzido por essas tensões (vemos já que também a sociedade primitiva não está alheada desse mesmo processo). Mas o processo é ambíguo porquê? Porque, por um lado, esse esforço de racionalização não consegue prever todos os problemas de uma assentada (é o problema do lençol demasiado curto), por outro, e de maneira angustiante, cria problemas que não foram previstos (é o problema da Natureza inconquistável - o aquecimento global, as vacas loucas, e por aí adiante…). O processo é ambíguo também porque, na realidade, essa racionalização nunca é, nem nunca será, absoluta, porque simplesmente não somos nem nunca seremos seres absolutamente racionais.

Dito isto voltamos então à causa da bicicleta que nos servirá de exemplo para explicitar este último ponto - a razão irracional da falência da absoluta racionalidade.

O carro e a cidade. São, sem dúvida, vistos isoladamente, dois grandes avanços civilizacionais. Sabemos hoje (racionalmente) que por motivos de densidade a junção destes dois avanços é problemático. Muito tem vindo a ser dito sobre isto e não me vou alongar na problemática da mobilidade na cidade. Mas posso falar das razões que obstam à resolução do problema. Tanto quanto a minha visão alcança (porventura distorcida por motivos ideológicos) os obstáculo parecem-me ideologico-simbólicos e dificilmente racionais ou lógicos.

A cidade é sinónimo de individuação, anonimato, heterogenia, multiplicidade de escolhas, proliferação de estímulos, oportunidades, mas também espaço de solidão, de indiferença, de pronunciadas assimetrias sociais e de grande mediatização simbólica. Na cidade (enquanto centro) aprimoram-se os marcadores simbólicos da normalidade e a sua estética. O carro é um desses marcadores (os consumos em geral) e a sua estética é a do indivíduo normal (mais ou menos “normal” conforme o modelo e a “classe” do veículo). E é muito angustiante para alguém saber de si mesmo perante os outros que não é “normal”. Sem me alargar no “como” opera a normalidade nas escolhas “racionais” dos indivíduos (veja-se uma certa e hegemónica, teoria económica), digo apenas que a norma (e a sua estética) é o principal obstáculo à resolução do problema cidade/carro. O carro não é só um veículo, ele é também uma extensão do self (nada de novo: qualquer publicidade automóvel nos mostra isso e quando é dirigida aos homens, na imagética, o carro é quase sempre instrumento da predação sexual). Nada a que ninguém seja alheio, nem os utilizadores de bicicletas o são. O problema é que a densidade de carros cheira mal, entope as ruas, polui e retira mobilidade.

Quanto às razões para a alternativa “bicicleta”, enquanto utilizador, nem penso muito nelas. Para mim são óbvias. E são óbvias para qualquer utilizador de bicicleta. Posso tentar enumerar-las, embora saiba que nunca convencerei ninguém a deixar o carro em casa e a passar a ir para o emprego de bicicleta, apesar de saber, por experiência, que as vantagens são contundentes, a saber: a vantagem económica; a vantagem para a saúde e; a vantagem ambiental. Tudo razões muito “racionais”. O problema é que nós não somos racionais (ciclistas inclusos). O problema tem de ser atacado “onde doi mais” - na estética e na “razão” ideológica. Nesse sentido a ideia de “bicicleta” arrasta consigo as ideias: liberdade; mobilidade; independência; vigor físico; agilidade e transpiração livre de toxinas (não cheira mal e as mulheres adoram). Tudo valores de uma sociedade primitiva.

Chegados então que estamos ao nosso objecto - o blog Utilizar a Bicicleta na Cidade. Trata-se de um blog de utilizador para utilizadores. Não tenta convencer directamente ninguém. E é um grande passo civilizacional. Se já está convencido, está lá o que é preciso saber. Se não, veja a categoria Bicicleta dell’Arte. O blog fala por si, o seu autor nunca deixou de ser primitivo.

Referências: Sigmund FREUD: O Mal-Estar na Civilização; Edgar MORIN: O Paradigma Perdido.

Sobre a polémica e só para começar, ver também: Odemiragem (e obrigado pela inspiração)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Como é que um muçulmano se volta para Meca no espaço?

in Público

Como é que um muçulmano se volta para Meca no espaço?
15.10.2007, Teresa Firmino
O primeiro astronauta da Malásia já dá voltas à Terra; antes as autoridades islâmicas do seu país fizeram uma reflexão inédita: definir os preceitos que um crente deve seguir no espaço

No espaço, como é que um muçulmano sabe em que direcção fica Meca, a cidade mais sagrada do islão, para poder rezar voltado para lá? E tem de cumprir à risca o preceito de orar cinco vezes por dia, começando antes do nascer Sol e acabando depois de se pôr? Se assim for, tem de rezar 80 vezes, porque, em órbita, o Sol nasce e põe-se a cada 90 minutos. Ou, ainda, como é que um crente islâmico se mantém em pé e depois se curva e deita no chão enquanto reza, se lá em cima tudo flutua?
Tantas interrogações foram desencadeadas pela viagem de Sheikh Muszaphar Shukor, o primeiro astronauta que a Malásia pôs a dar voltas e mais voltas à Terra, na quarta-feira. Partiu numa nave russa Soiuz, onde seguiam ainda a norte-americana Peggy Whitson e o ucraniano Iuri Malenchenko (que, em 2003, casou por videoconferência, ele no espaço, a noiva norte-americana no Texas).
Ao fim de dois dias na Soiuz, atracaram na Estação Espacial Internacional (ISS), onde Shukor ficará nove dias. Peggy Whitson e Iuri Malenchenko vão substituir dois dos actuais habitantes da ISS, que regressarão a casa com o astronauta malaio. E a norte-americana, uma veterana do espaço, com 185 dias consecutivos em órbita no currículo, ficará ao comando da estação espacial, pela primeira vez nas mãos de uma mulher, durante seis meses.
Já um muçulmano no espaço não é uma estreia: esse pioneirismo coube ao príncipe Sultan bin Salman, da Arábia Saudita, que em 1985 voou num vaivém dos EUA. E, em 2006, a irano-americana Anousheh Ansari, empresária na área das telecomunicações, pagou 15 milhões de euros aos russos, que a levaram à ISS numa visita turística.
Mas foi com a viagem de Shukor que surgiu uma reflexão formal sobre a problemática de como um muçulmano deve viver no espaço se quiser seguir os preceitos quotidianos da sua religião.
Ortopedista e modelo em part-time, Shukor tem 35 anos, nasceu em Kuala Lampur e foi seleccionado entre 11 mil candidatos. A sua subida ao espaço foi possível devido a um acordo do seu país com a Rússia, em 2003: pela compra de 18 caças a jacto, os russos levariam um astronauta malaio. Lá em cima, fará experiências em agentes patogénicos e proteínas, entre outras.
O islão e a vida espacial
Em Abril do ano passado, a Agência Espacial Nacional e o Departamento do Desenvolvimento Islâmico da Malásia organizaram um seminário sobre O Islão e a Vida no Espaço, onde se reuniram 150 cientistas e académicos muçulmanos, lembra a revista Wired. Identificar e propor soluções para os problemas relacionados com o cumprimento dos preceitos e das práticas do Islão (o Ibadah) no espaço, em particular na ISS, era o objectivo.
O resultado está num pequeno documento, o Guia para a Realização do Ibadah na Estação Espacial Internacional, ao qual o Conselho Nacional da Fatwa da Malásia (uma fatwa é um édito religioso) deu aval.
Assim, o guia estabelece a maneira como, no espaço, os muçulmanos devem lavar ritualmente o rosto, as mãos, os braços ou os pés antes da oração; como devem limpar-se de todas as impurezas depois de urinar e defecar; quantas vezes por dia devem cumprir o ritual da oração, para onde devem estar voltados quando rezam e em que posições corporais; como jejuar; e como cuidar dos mortos.
Para não haver confusões, o documento esclarece que o "espaço" é o que está para lá da atmosfera terrestre, não vá pensar-se que a uma simples viagem de avião poderão aplicar-se estas orientações.
Começando pela limpeza, há logo vários problemas. Não é possível tomar um duche ou um banho espacial, porque as gotas de água teimariam em flutuar por todo o lado, além de que os astronautas ainda correriam o risco de sufocar com as gotículas no ar. Como se isto não bastasse, a água é um bem escasso, ou então a urina dos astronautas não seria reciclada e reaproveitada na estação espacial. Tomar banho é pois um conceito que, no espaço, é pouco palpável. Resume-se a toalhetes.
Perante isto, o guia recomenda que se faça como o islão já indica nas situações em que não existe água disponível, como no deserto. Pode usar-se areia ou poeira. "Podem pôr-se ambas as mãos na parede ou num espelho da ISS (mesmo sem pó)", lê-se. Já na limpeza das zonas corporais após a ida à casa de banho, entre as várias sugestões, o guia diz que podem usar-se os toalhetes, "não menos de três", disponíveis na ISS.
Siga-se um fuso horário
Quanto ao número de orações, a solução é prática: "As cinco orações diárias são definidas num período de 24 horas (igual a um dia na Terra), seguindo o fuso horário do local de onde o astronauta é lançado." Neste caso, Shukor seguirá a hora do cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão. Se assim não fosse, as 80 orações diárias tornar-se-iam incompatíveis com a carga de trabalho que os astronautas enfrentam nas missões, repartindo-se por experiências científicas e pela manutenção e construção da ISS. "Sou muçulmano, mas a minha prioridade são as experiências", explicava Shukor, citado pelo jornal The Christian Science Monitor.
Também as posições corporais durante a oração devem adaptar-se às condições na ISS, refere o guia. O melhor é manter-se na vertical, mas podem até usar-se "as pálpebras como indicador da mudança de postura na oração". Ou ainda: "Imaginar a sequência da oração."
Meca já é uma questão mais complicada. A cidade está sempre a mover-se. Ou melhor, é Shukor quem, a mais de 300 quilómetros de altitude, não fica no mesmo sítio. Por isso, deve voltar-se para onde for possível: pode tentar-se uma projecção de Meca num ponto do espaço, mas também virar-se para a Terra ou para "qualquer lado".
Na alimentação, o porco e o álcool continuam proibidos. Mas, em caso de dúvida quanto à comida na ISS, o guia diz que "é permitido comê-la, para não se passar fome". E no Ramadão, em se jejua do nascer ao pôr do Sol, a referência é também a do fuso horário de onde se descolou.
Shukor ainda apanhou no espaço os últimos dias do Ramadão: "Como muçulmano, espero jejuar. O islão é compassivo. Se não poder jejuar no espaço, posso fazê-lo quando regressar." O astronauta assinalará o fim do Ramadão com a festa do Id al-Fitr, em que oferecerá uma refeição malaia aos colegas. Pena é que nenhum possa saborear grande coisa: no espaço, flui mais sangue do que o normal para a cabeça, pelo que se perde o paladar e o cheiro.

fonte: http://jornal.publico.clix.pt/ P2 de segunda-feira, 15 de Outubro 2007


domingo, 14 de outubro de 2007

Uma história de engate nos dias que correm

Diz ela: "Gosto de ti, és tão simpático, tão giro..."

Diz ele: "Espera até veres o meu avatar..."

O Minho Americanizado*

in Público.pt

Única vítima conduzia carro fugido às autoridades
Fuga na EN13 termina com ferido a tiro e viaturas da GNR danificadas
14.10.2007 - 15h24


Três viaturas da Brigada de Trânsito da GNR "seriamente danificadas" e um ferido a tiro foi o resultado de uma perseguição policial ocorrida esta madrugada na Estrada Nacional 13, no troço entre Vila Praia de Âncora e Valença.

Fonte da Brigada de Trânsito (BT) da GNR indicou à Lusa que o incidente registou-se pelas 05h20, na zona de Moledo, Caminha, quando uma patrulha mandou parar uma viatura que seguia em direcção a Viana do Castelo, mas o condutor desrespeitou a ordem, pondo-se em fuga depois de alegadamente tentar atropelar o agente.

A BT iniciou de imediato uma perseguição, tendo a viatura em fuga invertido a marcha em Vila Praia de Âncora, retomando a direcção de Valença. Após uma perseguição de cerca de 40 quilómetros, a viatura onde seguiam dois jovens foi finalmente imobilizada na zona de S. Pedro da Torre, perto de Valença, devido a uma barragem montada por outras patrulhas da BT e "alguns disparos" dos agentes para furar os pneus do veículo em fuga.

"Três viaturas da BT foram abalroadas e ficaram seriamente danificadas, encontrando-se mesmo inoperacionais", disse a mesma fonte.

O condutor da viatura foi atingido num pé por um dos disparos e recebeu tratamento hospitalar, mas já teve alta, após o que foi detido para ser presente, amanhã, a tribunal. O indivíduo conduzia sem estar habilitado para o efeito e a viatura em que seguia tinha sido roubada, na zona de Valença. Está ainda indiciado do crime de coacção sobre funcionário, pela alegada tentativa de atropelamento de um agente.

O outro jovem que seguia na mesma viatura foi também constituído arguido e vai igualmente ser presente a tribunal.

fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1307508

*Sim, porque se a América está longe de ser o único sítio do mundo onde há perseguições, é sem dúvida o melhor a exportá-las. E aos OVNIS também.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Música de supermercado

O supermercado onde mais vezes faço compras, em Entrecampos, tem uma playlist de fazer inveja a muitos elevadores. E outros supermercados. Há dias em que tenho a sorte de ouvir música muito inspiradora, foi o caso de ontem. Ressoava isto pelo ar...

...e toda a gente usava um sorriso nos lábios. Seria só eu? Não, toda a gente sorria, mas é difícil discernir donde vem a felicidade das pessoas quando o Benfica ganha...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Está a crescer lixo no novíssimo Jardim do Campo Pequeno!

Parece primavera...é vê-lo crescer, espampanante!



Fotos tiradas no Jardim Marquês de Marialva, domingo dia 7 de Outubro 2007.

Retrato da minha mesa de trabalho e de alguns vícios de ocasião


quarta-feira, 3 de outubro de 2007

É de usar o piaçaba!...

...depois de fazer pupu a rir.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Viver nos subúrbios*

Malvina Reynolds - Little Boxes

Little boxes on the hillside, Little boxes made of tickytacky
Little boxes on the hillside, little boxes all the same
There's a green one and a pink one and a blue one and a yellow one
And they're all made out of ticky tacky and they all look just the same.

And the people in the houses all went to the university
Where they were put in boxes and they came out all the same,
And there's doctors and there's lawyers, and business executives
And they're all made out of ticky tacky and they all look just the same.

And they all play on the golf course and drink their martinis dry,
And they all have pretty children and the children go to school
And the children go to summer camp and then to the university
Where they are put in boxes and they come out all the same.

And the boys go into business and marry and raise a family
In boxes made of ticky tacky and they all look just the same.

* Gostou? Saiba mais! Clique aqui e ganhe prémios

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A velha raposa

Eis o vídeo mais badalado das últimas horas. Obrigado Pedro Santana Lopes pela atitude e pelo tema de conversa que suscitou em todos os cafés do país.


Começo a achar que existem pessoas predestinadas a serem sempre notícia...

...ou simplesmente, o regresso da velha raposa.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Dar escáfia* no Tchaikovsky!

Enquanto procurava coisas bonitas de Tchaikovsky no YouTube, encontrei estas duas...

...Concerto Piano No.1...


...Abertura 1812 acapella


* O termo é muito usado no meio tunning, significa qualquer coisa como "abusar da máquina"

sábado, 22 de setembro de 2007

O potlatch* das palavras e ideias

Mais um "que não tem nada de agradável para dizer ao mundo".

hipótese: nunca deixámos de ser primitivos (por deferência à ética, outro que não o primitivo não podemos nós ser). com isto quero também dizer que não há uma escala que vá de primitivo a civilizado e que o quadro de análise para um serve necessariamente para todos.

assim, e de maneira pré-científica, vamos falar de civilização em idioma primitivo. a sociedade primitiva somos nós.

Bem-vindo!

* Potlatch, em inglês ou português, porque ultrapassa a dimensão do objecto, ou "não há almoços grátis".

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Saudades disto



Deu-me para ir procurar isto ao YouTube, há anos que não ouvia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Cidade fascista vs. cidade democrática

O meu comentário/resposta ao artigo de Maria José Nogueira Pinto no blogue CIDADANIA LX:

Uma cidade como um todo harmonioso, onde se possa coexistir harmoniosamente, requer que se percebam, a tempo, as chamadas diferenças úteis. (MJNP)

A cidade democrática é uma cidade de conflito latente e constante, uma cidade de choques, contrastes, manifestações, contra-manifestações, interesses opostos, etc...

A cidade fascista é uma cidade harmoniosa, com tudo arrumado num lugar certo, criando "diferenças úteis" (ao poder).

Não estou a chamar fascista à senhora MJNP. Pode tratar-se apenas de ingenuidade pois acredito que tenha as melhores intenções para Lisboa.
Porém não acredito que ela própria tenha perguntado aos comerciantes chineses o que pensam de uma chinatown.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

...e viveram felizes para sempre.

Esta será a primeira frase do livro que vou escrever, um dia se me apetecer. Ela transporta tudo o que sempre me interessou descobrir nos contos: o que fica para lá do momento em que, depois de raptada a bela pelo monstro, da entrada do bonitão em cena, do confronto do bem e do mal representado nas figuras do bonitão e do monstro respectivamente, da vitória do bem (mesmo que sanguinária) sobre o mal (ainda que justo) e do momento em que a bela e o bonitão se reencontram, se abraçam, se beijam e rodeados por uma pitoresca paisagem contemplam o pôr do sol, ou a multidão em êxtase?... No fundo, será que viveram mesmo felizes para sempre?

Uma história começada com "...e viveram felizes para sempre" não é sinónimo de história para crianças, da mesma forma que as acabadas assim tão-pouco o são. Todos vibramos e ansiamos pelo final previsível do "...e viveram felizes para sempre". Estas histórias não existem para preservar a inocência das crianças, antes para alimentar um sonho adulto.

Duvido que nunca ninguém se tenha lembrado de começar uma história por "...e viveram felizes para sempre", certo é que eu não conheço nenhuma. Talvez porque vendam menos e eu gosto mais das capas coloridas dos best-sellers e das fitas cintilantes "39ª edição", "mais de 10.000.000 exemplares vendidos", "termina com '...e viveram felizes para sempre'"...

Ninguém quer saber o que está para lá do "...e viveram felizes para sempre" a não ser que esteja a viver uma relação complicada e procure ajuda. Ajuda para voltar ao "...e viveram felizes para sempre", ponto final perfeito de uma relação.

sábado, 1 de setembro de 2007

Xaile - o descobrimento

Fazia zapping desalmadamente até parar na Sic Notícias. O acidental porém não foi isso, antes a descoberta deste grupo de "Música Portuguesa Planetária", Xaile. Ouvi apenas uma música, a última do concerto que foi transmitido naquele canal. Cativou-me de imediato e retive o nome.

Hoje procurei na net, encontrei, ouvi e voltei a sentir aquele impulso imediato de sair de casa a correr para ir comprar o CD. Senti só, não lhe dei continuidade, ou adiei-o por um dia, não porque me tenha esquecido onde fica a Fnac mas porque tinha mais que fazer, literalmente e não apenas por recusa à sensação de "idolatria adolescente", essa coisa que já lá vai.

Devaneios à parte, esta banda é mesmo boa. Causa-me arrepios. Não falo apenas da música, aliás, todo o projecto está bem pensado e fará um sucesso dentro e fora de portas, não duvido.
Começa por apostar numa estratégia que nunca falha: 3 mulheres jovens e bonitas cantam. Mas estas também dançam, ou vá lá...mexem-se graciosamente, outra estratégia para o sucesso. E mais, também tocam! Instrumentos vários e pouco mainstream. Ou seja, reúne a estratégia das irmãs The Coors com um toque de Spice Girls. Mas os instrumentos que tocam e a indumentária acrescentam-lhe outros elementos: um exotismo cigano e um folclore português de matriz europeia.

Ou seja, o que se obtém desta mistura é um produto pop-folk que tanto agradará aos assíduos do festival Sudoeste como aos do festival Andanças. E quem sabe até aos "alternativos", como os pinta a comunicação social, do Paredes de Coura. O mais provável no entanto é vê-los para o ano no Festival Músicas do Mundo em Sines.

Deixo aqui os vídeos que estão disponíveis no YouTube. Reparem na encenação, na performance, nos planos da câmara...e no que mais vos chamar a atenção. Este projecto está cheio de pormenores, musicais e não só, o que lhe dá muita substância, densidade e riqueza. Agradará a gregos, troianos, pessoal do Sudoeste, do Andanças...







Back in town

Não fiz disto um objectivo, mas aconteceu. Durante o mês de Agosto não bloguei. Sinto-me bem com/por isso. "Com" porque apesar de não forçado houve algum impulso interior nesse sentido. "Por" porque se foi impulso dei-lhe azo e porque me parece sensato e saudável desligar de quando em vez de toda a espécie de actividade que levamos a cabo. Hoje desligo-me das férias.

Ainda assim...passaram apenas 2h38m desde o mês de Agosto...qual português a regressar de férias.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

SECOND or first LIFE?

Já conhecia o fenómeno Second Life mas fiquei surpreendido quando o PÚBLICO lançou mais um dos seus blogues convidados, desta feita dedicado a esse tal "fenómeno". Acredito que para muita gente isto possa soar insultuoso (pudera, viciados não devem faltar que façam da "second" their very first life...ou então não, estarei apenas a ser preconceituoso, ignorante e desfasado do progresso). Assumo-me como curioso, daqueles que querem ver no que isto dá, e visitei apenas uma vez o site sem que tenha percebido mais do que absorvera numa reportagem televisiva sobre o, para mim, ainda fenómeno. Esse foi, aliás, o meu primeiro contacto com essa "coisa".

Mas que exista um tal de site chamado Second Life que faz as delícias dos alter-egos, ou antes super-egos, por esse mundo fora acho normalíssimo (e que eu viva à margem dele também, dada a minha muito humana e limitada capacidade de absorção e aprendizagem). Agora, que o jornal PÚBLICO convide um blog que se lhe dedica faz-me sentir, de um clique para o outro, completamente out. Deixou de ser uma opção intelectual, uma gestão dos recursos cerebrais e de tempo, o Second Life entrou-me pela casa a dentro via jornal que eu mais leio.

O que me faz escrever isto agora é que perante a inexorabilidade de satisfazer a minha curiosidade sobre essa "coisa" gostaria de ter um registo escrito do meu antes para que possa confrontar com o meu depois. Como disse há uns anos pela primeira vez: no fundo, eu sou a cobaia de mim próprio. O único ratinho branco de laboratório com o qual posso contar.

sábado, 14 de julho de 2007

Hoje é dia de reflexão

Eu vou reflectir um bocadinho...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A trilogia de Sofia Coppola

Finalmente completei-a. Ontem vi As Virgens Suicidas que me faltava. Antes vira Marie Antoinette e no cinema o Lost in Translation. Que dizer, são todos óptimos.

Carmona Rodrigues e o complexo de Édipo

Hoje li isto no Diário de Notícias, na versão impressa:

Carmona defende a mota contra a bicicleta na cidade das 7 colinas
in DN 08/07/2007

"Fiz todo o Instituto Superior Técnico guiando uma mota, o que me deu muito maior tempo livre para estudar do que se tivesse de andar de transportes públicos" recordou Carmona, frisando que "as sete colinas de Lisboa dificultam a vida a quem quiser optar pela bicicleta".

Mas...não se pode ser a favor das duas coisas?! Já que é uma questão de "quem quiser optar"...
A propósito disto ocorreu-me o seguinte: Carmona Rodrigues quer matar o pai para desposar a mãe. Será?... Pelo menos daria melhor manchete.

Já nem falo do descrédito óbvio a que este candidato à Câmara de Lisboa vota o transporte público. Eu e ele temos uma coisa em comum: ambos fomos betinhos do râguebi. A diferença, porém, é que eu fui...

Depois encontrei a mesma notícia na íntegra no DN Online.

domingo, 8 de julho de 2007

07.07.2007

Ontem elegeram-se as 7 novas maravilhas do mundo e houve concertos simultâneos em diferentes cidades do mundo - o Live Earth - em defesa do meio ambiente.

Um tributo ao mundo globalizado e à internet que o torna possível.

O resto é acessório, instrumental, oportuno. Os momumentos, a preocupação com as alterações climáticas e a simbologia da data, 07/07/07.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A Lili apareceu na tv!



O nome dela é Lili, Lili Cicleta...


...ou a fetichisação da mercadoria.

terça-feira, 3 de julho de 2007

...e o que podemos fazer? Nada!!

Uma quase definição da vida, uma boa metáfora dela...não sei. Mas, e o que é que isso interessa? Talvez nada mesmo. Eu gosto! Apenas isso.

Rosie - Fausto

Eu, Rosie, eu se falasse eu dir-te-ia
Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos; dancemos
Já que temos
A valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
De um par
Que paga sem falar;
Eu, nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh...
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une - é estar ausentes.

domingo, 1 de julho de 2007

Como reduzir a velocidade automóvel em Lisboa?

A FHM tem uma solução...


Descobri isto através do Quinze.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Debate Um Dia Por Lisboa - depoimento de Mário Alves


Sim, só está aqui porque concordo com tudo.

Porque o país não tem só maravilhas...

Os 7 horrores de Portugal
Vale a pena quanto mais não seja para nos rirmos um pouco com as obras a concurso. Só acho chato ter que votar em 7, logo eu que não teria dúvidas em escolher só uma.

Domingo no Jardim do Campo Grande

Uma miragem. De repente o jardim estava vivo. Não, não era miragem, afinal estava mesmo.
Decorre nalguns jardins de Lisboa e até Setembro o Pleno Out Jazz que conseguiu trazer vida ao Campo Grande, essa ilha verde abandonada.












Ao som de um Marvin Gaye ressuscitado. Que belo som para um Domingo. A atmosfera estava criada, era qualquer coisa entre estas fotos de cima e esta música de baixo.


Fica aqui também a minha homenagem ao artista. Viva Marvin Gaye!

Curso Dança Verão'07 - Escola Superior de Dança

Quem puder que aproveite, por mim também...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Saímos à rua de cravo na mão sem dar conta de que saímos à rua de cravo na mão a horas certas"

Uma das minhas obras de referência na adolescência, daquelas que decorei e cantava até à exaustão minha e de quem me ouvia, vai ser agora reinterpretada por vários novos artistas.

FMI - Give me some money dia 28 de Junho, 23h MusicBox - Cais do Sodré

Deixo aqui a letra mas para quem nunca ouviu, por favor, que o faça primeiro. Não percam a oportunidade de poder rir e chorar na mesma peça musical (assim me aconteceu).
É um momento mágico e dramático, do autor e do país que o proporcionou. Carregado de emoção e política, duas esferas que durante os loucos anos setenta...e quatro em diante mal se distinguiam (digo eu, que só vivi as réplicas desse período). Aliás, o que José Mário Branco sintetiza genialmente no seu FMI é o que eu gosto de pensar como a passagem de Portugal do período da "emoção política" (com o 25 de Abril), para a "política emocional", e finalmente para a "política das emoções". É durante a ascensão dessa política das emoções que José Mário Branco escreve FMI, e por causa dela, "numa noite de Fevereiro de 79".
É pelo menos assim que eu o vejo, depois de muitas vezes ouvi-lo.

Quanto à reinterpretação, espero para ver.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Why now?

Na véspera do último exame do meu curso (espero), ocorreu-me isto...

Mas que raio...porquê agora? Ou antes, porquê isto?

terça-feira, 19 de junho de 2007

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Constatação II

Existe uma frase muito comum entre nós, os portugueses (e ao dizer isto sei que corro o risco de estar a particularizar algo que talvez seja geral e afecte todos os povos do mundo contemporâneo):

"É preciso mudar as mentalidades"

Hoje confrontei-me com um caso em que a pessoa que acabara de proferir estas palavras era simultaneamente o seu destinatário. Podia ser um juízo de valor meu, mas não, esta pessoa recusava-se aceitar a própria situação para a qual reclamava uma mudança de mentalidades, a fim de ser aceite pelo comum dos mortais.
Resultado, surgiu-me a seguinte questão: será que isto é válido para toda e qualquer situação em que aquela frase é empregue?
Surgiu-me também um esboço de resposta: é claro que não, idiota.
Veio então outra questão: Será que esta frase é empregue por quem se sente incapaz de mudar a sua mentalidade face a algo, perpetuando assim essa sua condição e ao mesmo tempo...a célebre frase?
Qualquer coisa do tipo "iá, iá...tens razão, não me chateies".

Não me surgiram até ao momento novas respostas nem perguntas.

sábado, 16 de junho de 2007

Há manchetes que valem mais que mil palavras!

in Público (15/06/2007)
Eu acho que ele conseguiu o que queria. Realmente o crime compensa...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Constatação

Há qualquer coisa entre mim e as 4h/5h da manhã.
É a hora a que me deito agora.
Sempre.*
* Excepto se me contrario.

terça-feira, 12 de junho de 2007

E que mais?

O Islão tem 5 pilares.

A Antropologia do mundo árabe tem 3 zonas de teoria (Lila Abu-Lughod).

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Engraçado

Não sei ainda o que pensar sobre isto. Se calhar nada. É só engraçado...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Bicicletas em Lisboa, uma utopia?!

Ao ler o jornal Metro de hoje, na secção Lisboa, página 5, dei de caras com uma coluna intitulada "O QUE SE DIZ DE LISBOA", onde li o seguinte:

"Lisboa, uma utopia [...]: 1. tirar os carros da cidade; 2. bicicletas [...] o ideal seria um teleférico igual ao das pistas de ski; (...)"
JoaoMiranda
http://ablasfemia.blogspot.com/

Perante esta "blasfémia", decidi ripostar, através do seguinte comentário que deixei no blog do senhor:

Caro João Miranda,
para o caso de ainda não ter reparado no aumento do número de ciclistas em Lisboa nos últimos anos, o que só por si já é prova bastante da sua possibilidade mesmo sem teleféricos, sugiro que procure informar-se melhor sobre o assunto. Deixo-lhe algumas sugestões:

http://bicicletanacidade.blogspot.com/
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/

Ou mais institucionalmente: http://www.fpcub.pt/

Obrigado pela atenção e sinceros desejos de maior lucidez sobre este assunto.

Ricardo Sobral

Lisboa Antiga de Bicicleta

No passado Domingo dia 3 de Junho a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta organizou pela 15ª vez o passeio "Lisboa Antiga de Bicicleta".
Isto foi o que aconteceu. Cada um terá vivido isso à sua maneira. A minha foi esta:

9h00 - chego ao Terreiro do Paço e levanto a minha inscrição, com direito a uma t-shirt, sardinhada no fim e um vale para uma revisão gratuita na oficina do El Corte Inglés.

9h20, no café mais próximo do Terreiro do Paço que estava aberto, "Campesina", numa perpendicular à Rua Augusta - vários ciclistas acorrem aqui para tomar café e comer algo. Até que chega um grupo de BTTistas vestidos a rigor, com equipamento completo (licras, óculos, luvas e sapatos especiais, capacetes...). Um deles pede "uma sandes de leitão e um copo de vinho". Um outro pede sandes de leitão e um sumo de laranja, mas à pergunta "quer sumo natural ou Trinaranjus" responde, "hum...olhe, afinal é uma mini preta". A estes dois BTTistas juntava-se um terceiro que dizia já ter feito o aquecimento: 18km de sua casa até ao Terreiro do Paço, passando pelo Parque das Nações.

9h30 - à hora marcada para o início do passeio havia uma fila de "não sócios" ainda em crescimento que esperava para levantar a inscrição.
Por entre a espera um BTTista comentou "este passeio parece os do Bicicletando, nunca mais começa", enquanto outro sugeriu partir primeiro, "ir andando".

10h00, mais coisa menos coisa - início do passeio propriamente dito.
Para começar, subimos por Alfama. Houve logo queixas de alguns participantes que não aguentavam subir algumas ruas. Isto porque eu estava entre os últimos do passeio, na frente do pelotão seguiam aqueles a quem, por mais que custasse subir, interessava chegar primeiro.
O facto de ser a subir e de serem 700 bicicletas a passar por ruas estreitíssimas de Alfama fez com que esta primeira "etapa" do passeio fosse muito lenta, quando não parada.


Por esta rua terão passado 700 bicicletas...

Lisboa Antiga...de bicicleta?!
Tanto quanto consegui saber, o percurso deste passeio é o mesmo desde há 15 anos. Não posso negar o meu espanto. Há escolhas que não se compreendem ou então ultrapassam-me. Por exemplo esta...

A subida para o Príncipe Real fez-se pela Rua do Elevador da Glória, cheia de desconfortáveis carris, com uma alternativa muito mais cómoda e menos inclinada mesmo ali ao lado - a subida pelo Chiado, Rua Garrett, que é a opção para quem normalmente passa nessa zona de bicicleta. Como eu.

Uma questão tem que ser levantada: qual é o objectivo deste passeio e qual o público alvo. A FPCUB diz-nos: "Divulgar, promover e dar a conhecer Lisboa através da bicicleta"; "promover a utilização da bicicleta como forma de mobilidade sustentável, não poluente, ecológica e saudável, quer como meio de lazer e forma de conhecer “o outro lado” de uma cidade, quer para as pequenas deslocações pendulares: casa - trabalho ou casa – escola".

Podia referir-me a outros objectivos mas fico-me por estes dois. Parece-me que ao querer "dar a conhecer Lisboa através da bicicleta" com este percurso, estamos a contribuir mais para o reforço do mito das 7 colinas e para a ideia da impossibilidade de andar de bicicleta em Lisboa do que a "promover a utilização da bicicleta como forma de mobilidade sustentável".

Com o percurso do passeio "Lisboa Antiga de Bicicleta" está-se a promover sobretudo uma ideia (do meu ponto de vista, claro): andar de bicicleta em Lisboa é um desporto radical. A par do evento "Red Bull Downtown Lisbon", Alfama assume-se como uma espécie de Rali Dakar das bicicletas: é pitoresco, impraticável para o uso quotidiano e envolve sempre muita gente e uma mega organização para os eventos que lá passam.

O percurso podia ser escolhido em função da Lisboa que é possível dar a conhecer de bicicleta a toda a gente e não só aos radicais e BTTistas. Os mesmos locais de referência na cidade por onde passou o cortejo podem ser acedidos por outras ruas, menos inclinadas e mais acessíveis as todos. Basta perguntar a qualquer ciclista urbano que por lá passe habitualmente.
Não participei em edições anteriores deste passeio, mas como utilizador quotidiano que sou, e não radical (excepto as transgressões que faço ao Código da Estrada que me dão muita adrenalina), a manter-se assim o percurso não voltarei a participar. Calculo que ao longo dos últimos 15 anos tenha havido outros a pensar como eu.
O percurso está feito a pensar no regozijo dos BTTistas por isso é normal que eles acorram em massa, ultra equipados da cabeça aos pés. Não os censuro, só não é a minha opção. E não me parece que deva ser a opção de um passeio que se propõe promover o que acima foi dito.

Depois veio o candidato...
...aqui de COSTAs, com o aparato mediático diante dele e da minha objectiva. Entretanto a sua candidatura já apresentou o programa onde é dado grande destaque à bicicleta. Houve logo vozes críticas a ridicularizarem esta opção, como a do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, e outras que reagiram de imediato a essa ridicularização. O tema está cada vez mais instalado, já (quase) toda a gente fala no assunto, ora bem ora mal, e as bicicletas "invadiram", diria mesmo que tomaram de assalto, os programas de algumas candidaturas. A ver no que dá...

Para terminar, a sardinhada...

Em primeiro plano vemos na foto a equipa dos "brancos, vermelhos e pretos", ao fundo destaca-se a equipa dos "laranjas". Os "amarelos", equipa muito vistosa, já estariam servidos a esta hora.
Ainda assim houve várias queixas quanto ao (mau) serviço. Eu concordo com elas, mas a minha solução seria acabar com a sardinhada de vez. "Mal organizada", "pessoas a passar à frente na fila", "muito tempo à espera"...e deixo a melhor para o fim, aquela que me fez esboçar um sorriso apesar da fome e da falta de paciência que o olhar antropológico não conseguiu evitar: "fico mais tempo à espera pra comer do que a andar de bicicleta". Ninguém disse que ia ser fácil...

Link para o álbum completo de fotos do passeio

sábado, 2 de junho de 2007

"Blame Beckett", Prémio FATAL 2007 - Melhor Espectáculo

Parece que ganhámos. Falo em nome do grupo, claro.
Mas apesar de se tratar de uma criação colectiva há um elemento que é mais responsável por esta distinção. O mesmo que sempre desvalorizou a selecção para o festival, o frenesim que o envolve e o prémio que nos foi atribuído, resumindo-se a um "é sempre bom receber elogios", só arrancado no final já com o troféu na mão (ou uma parte dele, que a outra soltou-se). O mesmo que decidiu trabalhar Beckett, o mesmo que o encenou. Escrever estas palavras de apreço e admiração pelo seu trabalho é algo que eu preciso, e que ele dispensa. Intriga-me a relação que mantém com o seu trabalho, com o produto da sua criação, colectiva por princípio e rigorosamente dirigida. Sim, rigorosamente, porque "sem rigor não se vai a lado nenhum".
Esta minha admiração tem um fundo que diz "eu quero ser assim". Não o acho de todo impossível, é um método de trabalho e não um dom, que em si me parece de fácil compreensão, sem grandes segredos. Envolve muita objectividade (rigor, lá está), pode não saber qual o resultado final nem o caminho para lá chegar mas sabe muito bem o que procura, ou acaba por encontrá-lo. Talvez seja perseverança, ao melhor.
O que me intriga é o papel que a modéstia, falsa ou genuína, presunçosa ou estratégica, um pouco de todas, desempenha neste processo. Intriga-me porque é marcante, cativa, seduz. E no final, acredito que também dá prémios...

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Sobre a greve geral

No ano de 1999 ou 2000 passava na televisão brasileira um anúncio a um banco (o Unibanco) que me ficou na memória desde então por esta célebre frase:

"Nos anos 60 a gente se revoltava contra o sistema. Hoje o sistema cai e a gente fica logo revoltada"

Paradigma actual? Talvez.
Quanto à greve geral de hoje que paralisou o Metropolitano de Lisboa esqueci-me de dizer uma coisa ontem: que fossem de bicicleta! Que melhor dia para não ter desculpas e experimentar um novo sistema, daqueles cuja queda está dependente de nós.
Paradigma futuro?...

terça-feira, 29 de maio de 2007

Não me sai da cabeça

Estou com esta música na cabeça. Há um mês. Há mais de um mês. Canto-a. Às vezes antes dos espectáculos. Inspira-me. Dá-me força para continuar...
Hoje voltou. Alguém perdeu alguém. Para o que ficou esta música talvez seja importante. Para mim é tanto que foi dela que me lembrei assim que soube do sucedido.



"Inside my earth is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on."

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O compromisso de Helena Roseta

Acabo de ler O meu compromisso de Helena Roseta às eleições intercalares para a Câmara de Lisboa.
De uma forma geral, pareceu-me bom e de longe (de longe!!) mais interessante que qualquer programa das candidaturas às eleições de 2005. Mas isso é o lado bom de qualquer crise - a oportunidade de fazer renascer algo e a vontade geral, renovada, de o levar a cabo.
À parte das questões politico-partidárias que ela aborda e das suas opções para a gestão camarária, todas elas interessantes (e não teço mais elogios porque não me sinto informado para tal, podem não passar de palavras ou conceitos vazios quando postos em prática), o que me chamou mais a atenção foram os pontos que a seguir cito:

  • O conceito de "acupunctura urbana" - Mais do que grandes projectos, Lisboa precisa de intervenções cirúrgicas que permitam curar as feridas da cidade e reconciliar os cidadãos com a beleza e o encanto mágico da capital. É o que chamamos “acupunctura urbana”, que não exige grandes meios mas sim conhecer bem os pontos nevrálgicos e actuar com precisão.
  • A referência a Jane Jacobs (ok, ela é arquitecta não deve ter sido difícil...) - O melhor meio de garantir a segurança é combater a solidão, em especial a dos idosos, e a desertificação de zonas inteiras da cidade, criando condições para que possam ser restauradas as relações de vizinhança. A comunidade vive mais segura “quando há olhos de sobra na rua”, como escreveu Jane Jacobs, grande referência em matéria de morte e vida das cidades.
  • O "direito ao passeio" - Queremos restaurar um direito tão simples como o direito ao passeio e o lugar dos peões nas estratégias de acessibilidade e mobilidade. A cidade tem de voltar a ser para as pessoas, não apenas para os automóveis.
Sobre este último ponto, que me interessa em particular, deixo agora um exemplo do que Helena Roseta terá que fazer, se for eleita. Nas fotos abaixo vemos o passeio numa zona da Av. Fontes Pereira de Melo que foi arranjada depois das obras do túnel do Marquês, ou seja, uma obra acabada de inaugurar!
Roseta quer que a cidade volte a ser para as pessoas e não apenas para os carros. Pergunto-me: e o que quererão as pessoas? E os média? Digo isto porque antes, durante, e depois da inauguração do túnel do Marquês falou-se muito da segurança dentro do túnel, rodoviária claro está. Não ouvi uma palavra sobre a segurança dos pedestres.
O resultado parece estar à vista. Não falo de nenhum acidente que tenha envolvido algum peão e esta boca de incêndio, pelo contrário, refiro-me à "normalidade" com que lidamos com estas aberrações no dia-a-dia. A segunda foto ilustra bem isso: duas pessoas conversam lado a lado enquanto descem pelo passeio. Terão visto o objecto mas só ao ponto de o evitar, talvez o achem "natural" ou "inevitável" uma vez que zela pela nossa "segurança" (faria o mesmo se estivesse encostado a uma das extremidades do passeio).
Não sei o que é pior, se saber que existe um igual uns metros acima no mesmo passeio ou saber que se trata de uma obra recém-inaugurada (ainda que o passeio fosse um apêndice da grande obra). Não sei. Mas para a Helena Roseta esta é uma oportunidade para pôr em prática a sua "acupunctura urbana". Se for eleita, claro.
Que não se pense que acabo de divulgar o meu voto no dia 15 de Julho. Espero aliás poder fazer isto com os programas de todas as candidaturas, mas que não se pense que estou a assumir um compromisso. Que não se pense.

sábado, 26 de maio de 2007

Finalmente chegaram!

Os meus ténis de dança. São da Bloch e deslizam que parece manteiga, fazem as voltas por mim.

Massa Crítica de Maio

Ontem, sexta-feira, houve Massa Crítica. Pouco concorrida. A chuva ameaçava e chegou a participar também.
Houve uma novidade. Pela primeira vez, que eu saiba e todos os que estavam presentes, subimos a Rua Joaquim António de Aguiar em direcção às Amoreiras, apesar de virarmos na primeira à direita, a Rua Castilho, com um declive muito mais amigável, para seguirmos até São Sebastião, Praça de Espanha e pararmos na Av. Berna à espera de um grupo de pessoas que estava para chegar.
Eu não continuei. Aproveitei a espera e os primeiros pingos de chuva ameaçadores para ir jantar, antes do último espectáculo desta semana, de "Blame Beckett" claro.
Fica o registo desta tarde...

Houve outra novidade. Um estreante. Com esta bicicleta de pneus verdes à frente na foto. Será que são mais ecológicos?...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

2ª tentativa

Ou 2nd attempt. Confesso a Deus/ mais um dia divino/ o cheiro dos cadáveres que distingo nitidamente não me é desagradável/ tudo se mantém na imensa loucura do corpo/ quantas horas ainda antes do silêncio seguinte...

...mas desta vez Blame Me, se alguém.