Algo que sempre me intrigou: a obsessão dos miúdos na escola que imaginavam as mais variadas formas de meter a matéria que era preciso saber para os testes dentro da cabeça. Não deve haver ninguém que não tenha imaginado e desejado possuir a capacidade de adquirir conhecimentos sem o mínimo esforço. Bom, talvez com um mínimo de esforço, aquele que todos fazíamos umas horas antes dos testes para imaginar e projectar tais formas de aprendizagem.
Havia de tudo, das formas tecnologicamente mais evoluídas às mais rudimentares. Havia quem preferisse os processos por osmose, quem delirasse com ondas radioactivas, quem achasse que se ligássemos eléctrodos a determinadas zonas da cabeça tornar-nos-íamos super inteligentes, ou aqueles que apenas gostariam de ser como o computador lá de casa, com uma drive e um disco rígido para gravar a matéria em pastas arrumadas e acessíveis mediante um "c:\>dir". Havia também quem gostasse mais dos métodos dolorosos e macabros, nunca fazendo caso da dor como é óbvio, abrindo cabeças e incrustando lá dentro, mesmo no cérebro, todo o conhecimento necessário para ter boa nota no teste. Nessa altura não havia lugar para as espiritualidades, isso é coisa lá mais para a adolescência, quando a libido espoleta. Talvez um ou outro fizesse uma chamada de energia, mas éramos unânimes em reconhecer a eficácia dos métodos tecnológicos, quer fossem dolorosos e mais a puxar à idade média, quer tivessem influências da tecnologia dos anos 80, ou do que eram os desenhos animados nessa década.
Recentemente questionei-me sobre como seriam os métodos imaginados pelos putos de outrora, os nascidos nos 60s, nos 40s...antes de se conhecerem as micro-ondas ou a radioactividade, o PC e os circuitos eléctricos, por exemplo. Terá havido uma época em que abrir cabeças era o único exercício imaginativo disponível?
Desde logo percebi que a imaginação dos chavalos era condicionada pela tecnologia conhecida em cada época e acessível à interpretação de um puto. Então, indaguei-me, como seria a imaginação das criancinhas antes da revolução industrial? E da invenção da fiadeira mecânica, do motor a vapor, ou da imprensa que possibilitava imaginarmos um monte de papéis com toda a informação escrita dentro das nossas cabeças?
Depois de tanto recuar no tempo, percebi que nessa época as crianças não iam à escola...
Havia de tudo, das formas tecnologicamente mais evoluídas às mais rudimentares. Havia quem preferisse os processos por osmose, quem delirasse com ondas radioactivas, quem achasse que se ligássemos eléctrodos a determinadas zonas da cabeça tornar-nos-íamos super inteligentes, ou aqueles que apenas gostariam de ser como o computador lá de casa, com uma drive e um disco rígido para gravar a matéria em pastas arrumadas e acessíveis mediante um "c:\>dir". Havia também quem gostasse mais dos métodos dolorosos e macabros, nunca fazendo caso da dor como é óbvio, abrindo cabeças e incrustando lá dentro, mesmo no cérebro, todo o conhecimento necessário para ter boa nota no teste. Nessa altura não havia lugar para as espiritualidades, isso é coisa lá mais para a adolescência, quando a libido espoleta. Talvez um ou outro fizesse uma chamada de energia, mas éramos unânimes em reconhecer a eficácia dos métodos tecnológicos, quer fossem dolorosos e mais a puxar à idade média, quer tivessem influências da tecnologia dos anos 80, ou do que eram os desenhos animados nessa década.
Recentemente questionei-me sobre como seriam os métodos imaginados pelos putos de outrora, os nascidos nos 60s, nos 40s...antes de se conhecerem as micro-ondas ou a radioactividade, o PC e os circuitos eléctricos, por exemplo. Terá havido uma época em que abrir cabeças era o único exercício imaginativo disponível?
Desde logo percebi que a imaginação dos chavalos era condicionada pela tecnologia conhecida em cada época e acessível à interpretação de um puto. Então, indaguei-me, como seria a imaginação das criancinhas antes da revolução industrial? E da invenção da fiadeira mecânica, do motor a vapor, ou da imprensa que possibilitava imaginarmos um monte de papéis com toda a informação escrita dentro das nossas cabeças?
Depois de tanto recuar no tempo, percebi que nessa época as crianças não iam à escola...
1 comentário:
a ironia do desfecho é demolidora; tás lá! vemo-nos por aí; abraços
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